Perfil do Programa: AKWOS
Ruanda foi dilacerado por uma destrutiva guerra civil e genocídio em 1994. A fundadora da AKWOS, Felicite Rwemalika, viu no futebol um instrumento poderoso para engajar meninas e mulheres e fortalecê-las. Desde 2001, ela introduziu com êxito o futebol em todas as províncias de Ruanda e seu modelo de atuação foi recentemente copiado na República Democrática do Congo. Jogando futebol em um time que mistura as etnias Hutus e Tutsis faz com que essas mulheres, muitas das quais sobreviventes de violência baseada em gênero, aprendam a contar uma com a outra para vencer e para se reconciliar através do espírito de camaradagem.
Exemplos: Futebol, Basquetebol, Netbol, Voleibol, Hóquei, Críquete
Times dão a meninas uma plataforma para processarem coletivamente seus medos, preocupações, dúvidas e experiências. Em ambientes onde as meninas são altamente vulneráveis à Violência Baseada em Gênero, este sistema de suporte integrado é essencial. Em casos de Violência Baseada em Gênero, o time serve como apoio emocional imediato para sobreviventes de Violência Baseada em Gênero que frequentemente apresentam quadros de depressão e isolamento após o trauma. Vários programas parceiros relatam casos nos quais sobreviventes da Violência Baseada em Gênero relutam em denunciar o abuso para um adulto, estando dispostas, no entanto, a compartilhar o acontecido com uma companheira de equipe a qual pode dar apoio e ajudar a menina a obter apoio médico, jurídico ou emocional. Em termos práticos, a maneira como o time é organizado já oferece segurança às meninas em espaços públicos simplesmente pela quantidade de meninas que se deslocam juntas. Uma das vantagens de fazer parte de uma equipe é que as meninas tomam conta umas das outras. Elas mesmas podem ajudar na identificação de comportamentos de agressores/ameaças em potencial, enfrentando-os coletivamente.