Sadili Oval desenvolve um programa poliesportivo na área de Kibera, no Quênia. Jogadoras de tênis e de outras equipes muitas vezes viajam para torneios e jogos fora de casa. Há uma ordem rigorosa de que uma treinadora ou funcionária do projeto viaje com as meninas.
Viajar para a participação em eventos, torneios e jogos é um dos destaques da participação em esportes. É um momento para construção de vínculos com as companheiras de equipe, para conhecer novos lugares e testar habilidades aprendidas contra adversários externos. No entanto, esse é um dos momentos em programas esportivos nos quais as meninas estão mais vulneráveis à violência baseada em gênero. Programas parceiros têm relatado vários casos de meninas abusadas ou assediadas sexualmente por treinadores e jogadores, ou ameaçadas, agredidas e até mesmo sequestradas por estranhos. Naturalmente, esta ameaça faz com que pais e responsáveis sejam relutantes em permitir que as meninas viajem com sua equipe.
Garantir a segurança das meninas enquanto elas estão longe de casa deve ser prioridade de qualquer programa de esporte. Abaixo estão algumas considerações compartilhadas por projetos ao redor do mundo:
- Torne obrigatória a presença de um adulto do sexo feminino durante as viagens da equipe/time.
- Converse com as meninas sobre ameaças de segurança e crie com elas um plano de proteção
- Certifique-se que as meninas estão dormindo em um local seguro. Não permita que as meninas durmam em um lugar onde há possibilidade de invasão masculina à noite
- Não deixe as meninas ficarem sem supervisão ou vigilância em espaços públicos
- Não permita que as meninas durmam ou viajem com os pais de outras jogadoras
- Certifique-se que as meninas saibam como entrar em contato com uma treinadora, protetora ou profissional adulto do sexo feminino em todos os momentos
- Envie informações explícitas aos pais e responsáveis sobre onde sua filha vai estar, que medidas de proteção foram tomadas e quando ela retornará